Política, economia e meio ambiente
A Academia Real Sueca de Ciências anunciou os economistas americanos, William Nordhaus e Paul Romer, como prêmio Nobel de economia de 2018. Seus trabalhos estão relacionados com Política, Economia e Meio Ambiente. O trabalho de Paul Romer trata da regulação e da política que encoraja novas ideias e prosperidade a longo prazo. O trabalho de Willian Nordhaus enfoca a interação global entre economia e o clima.
Professor de Economia na Universidade de Yale, Nordhaus relacionou a economia com as mudanças climáticas. Mostrou que a natureza não é algo que apenas restringe as atividades humanas (afinal, os recursos naturais são limitados). A natureza é influenciada pelas atividades econômicas.
O economista foi o primeiro a criar um modelo que descreve a interação global entre economia e clima, na década de 90. Nesse modelo, ele já alerta sobre as consequências econômicas que o aquecimento global pode causar. Além disso, o modelos pode ser utilizados pelos governos para traçar cenários para seus países, buscando ações e soluções para evitar problemas maiores.
De forma simples: a mudança climática altera o regime de chuvas e a temperatura. Isso prejudica certas plantações afetando a produção de alimento. Sem alimento, pessoas passam fome e agricultores não ganham dinheiro. Com a previsão de possíveis consequências de suas ações, os países podem evitar impactos ambientais que custam muito às pessoas e a economia.
Nordhaus analisou que o crescimento econômico deve levar em conta, também, o impacto ambiental. O solo mal cuidado, em uma monocultura intensiva, se exaure e fica infértil por muito tempo. Isso acontece mesmo com o investimento em fertilizantes.
De acordo com o economista americano, o meio ambiente influencia a economia (e vice-versa). Ou seja, qualquer plano de desenvolvimento deve levar em conta os aspectos naturais da região, as relações desenvolvidas ali e como as atividades econômicas não irão impactar o local.

Todos os países precisam ter planos bem elaborados para conciliar essas duas áreas. De nada adianta um plano de crescimento econômico que não respeite a natureza, pois o futuro cobrará os danos do presente.
São necessárias instituições que fiscalizam, punam e eduquem as pessoas a agir da maneira certa. O meio ambiente não é algo longe de todos e a natureza não está aí para o homem usar como bem entender. Somos parte dela e sentiremos, junto com ela, toda a destruição.
O Prêmio Nobel de Economia de 2018 mostrou a importância de se falar na estreita relação entre economia e meio ambiente. O desenvolvimento sustentável e seus três pilares (natureza, economia e sociedade), nos mostra que é preciso aliar esses campos na busca por um futuro melhor. Afinal, um crescimento econômico desenfreado não mantém a natureza sadia. É preciso que os três pilares estejam em equilíbrio para um futuro melhor para todos.
REFERÊNCIAS
Menuzzi TS, Silva LGZ. Interação entre economia e meio ambiente: uma discussão teórica. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, v. 19, n. 1, 2015.
Popular information. NobelPrize.org. Nobel Media AB 2018. Wed. 17 Oct 2018.
Martine G; Alves JED. Economia, sociedade e meio ambiente no século 21: tripé ou trilema da sustentabilidade? Revista Brasileira de Estudos de População, v. 32, n. 3, 2015.